VEJA O NOVO CD E DVD DE SOLON REIS
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IVONILDO DO NORDESTE
IVONILDO DO NORDESTE
Excelentíssimo senhor presidente da Academia de Letras da Região de Picos, doutor José Evilasio Moura
Autoridades
Confrades e Confreiras
Meus senhores, minhas senhoras
Um discurso de posse na Academia de Letras envolve sempre uma grande expectativa, uma grande responsabilidade, carregada de doutrina e de rigor acadêmico, sem perder a estética e a beleza que o momento espera.
Ao iniciar minhas palavras, peço que me Permitam falar aqui, como me pede a alma, inusitada por uma mistura fina de regozijo e emoção incontida, quase derramada antes mesmo que o faça de próprio punho!
Apesar do desejo, sonhava, mas não me sentia um imortal da Academia de Letras, porque não nasci um cordelista (que envaidece a todos como o meu colega de cerimônia, Barrazul), tão pouco um literato e muito menos um cientista, mas os olhos generosos de meus, agora, pares, ao analisarem meus trabalhos, enxergaram esta condição.
Em tudo e por tudo sou chamado ao que há de mais forte em mim, a humildade!
O desarrolho deste momento, a importância desta casa a proximidade e a magnitude deste convívio, Faz-me pasmo, suspenso, como sem querer acreditar por tão elevada honraria. E me faz lembrar também de uma situação, de uma frase, de uma pergunta, que não é nova , vivenciada por mim, há 30 anos, la no inicio, quando aqui cheguei.
Não custa repetir! Senti-me instado, chamado a ficar diante dessa pergunta e lhes peço paciência por que esse texto reflete o sentimento e a condição ímpar a qual estou vivenciando agora:
Quem, Eu?
Àquela época, percorria os corredores estreitos do nosso interior brabo, especialmente em visita às comunidades mais desabonadas. Difícil era saber se conseguia chegar sem furar um pneu ou empacar num tufo de areia, com pegadas de onça! Ali chegando, lugarzinho íngreme¸ meia dúzia de casas, uma capela e um improviso de consultório na casa do chefe político. Frente a frente com a paciente incrédula por ter aquela oportunidade rara de estar diante da figura de um médico (por vezes, rara e solene, tal como a de um bispo ou de um juiz em diligência, ou que seja de um imortal dessa casa a visitá-los) e que por certo se acompanhava de pródomos como comprar um par de chinelos, da roupa domingueira até ao ato de um banho, de difícil prática, nesse dia tinha que acontecer! Era um dia especial, não importava as circunstâncias. Diante da pergunta “o que é que a senhora sente?” Atribulada, nervosa e sem querer acreditar, respondia: Quem, eu? Sim, minha senhora, só tem a mim e a você aqui neste recinto! Por mais evidente que fosse a resposta, sempre acontecia: Quem, eu? E em seguida completava: Ah, eu sinto isso e muitas coisas, se eu fosse contar...
E aquela frase ficou marcada em minha memória; ora mais, vejam só!
E o que tem essa prosa a ver com esse meu dia de hoje?
Não temos olhos para nós, mas sim para outrem!
Não sei, mas por mais evidente, solene, real, único e indivisível esse meu dia de imortal, sempre provocará em mim, a 1ª reação:
Vocês já aprenderam o refrão: Quem, eu!
Eu sempre achei mais cômodo e confortável o anonimato!
Quem se responsabilizará por esta minha nova vitrine?
Cadê o meu retrovisor?
Jose Solon de Souza... Roubaram-me logo o nome da minha mãe para em seguida corrigi-lo, carinhosamente, com o apelido Zé de Alaíde.
Bom, mas essa história está contada no meu livro: Você, meu orgulho; onde assim proclamo as pessoas que conseguiram sobreviver às intempéries das secas e ainda desfilar na passarela dos aprovados em concursos, vestibulares, etc., com ou sem a minha ajuda, lá no início! E também a todos aqueles que colaboram para aplainar essa estrada dantes, cheia de percalços!
Aproximem a lupa!
O médico
Sim essa condição consome 80% do meu tempo de atividade prática e de pesquisa científica e dá-me uma sensação de bem estar quase transcendental, bombástica!
Mas seria essa uma condição para ser um imortal?
Vez por outra me pego traindo minha própria humildade: Eita, já cheguei a esse patamar, diuturnamente estudante, apaixonado pelo que faço, louco para encontrar a quem de pronto possa necessitar desta minha ação, da minha experiência, do meu aprendizado, agora coroado pelo tempo e pelos meus cabelos brancos.
O tempo passou
O amor aconteceu
A confiança se deu
A vida floresceu
O fruto nasceu, cresceu
A ousadia não morreu
Amadureceu
Sabe, mas aqui, nesse segredo de confessionário (e o tempo e o vento quase no meu ouvido a soprar: A experiência agora é plena!
Médico sou, e título nenhum reputo mais belo, mais dignificante. (JK)
Hipócrates dizia: Ide forte e com toda a pompa curar ou aliviar a dor alheia!
Quando pude salvar, salvei
Quando não pude salvar, aliviei
Quando não pude aliviar, conformei
Não existe nada mais gratificante em minha vida.
Pois não é que nesta condição já me senti imortalizado por várias vezes na memória e no coração dos meus agraciados!
Mas, isso também faz parte dos critérios de imortalidade dessa casa?
A medicina é ciência e arte. Enquanto ciência, uma das mais abrangentes e, enquanto arte, uma das mais emocionantes! Condição que dignifica a ação e engrandece a alma! Estamos no rumo certo?
O escritor
Do medo da morte a imortal!
Pois foi essa condição que me fez eviscerar-me em forma de livro! Tal como fosse o juízo final antecipado! E tão somente por isso, nasceram tantos elogios e depoimentos que me fizeram arrepiar a alma! Numa delas, um critico literário dizia assim: parafraseando machado de Assis...
Machado de Assis escreveu em relíquias de casa velha que os fatos e o tempo ligam-se por fios invisíveis. Ao ler Você, meu orgulho, o leitor concluirá que José Solon de Souza faz dos fatos e do tempo um amálgama de fios coloridos, visíveis, para revelar o sentido da existência: construir!
Ora! Isso me arrepiou todo e saí por ali à procura de mim mesmo! Quem, eu? Eu não acredito! Mas como não acreditar, está escrito!
Mais uma vez meus olhos me cegaram! Viram!
Não temos olhos para nós!
Com certeza este é o fundamento maior para sustentação o provérbio que diz: santo de casa não obra milagres!
Não temos olhos para nós!
Como músico
Cadê o meu retrovisor?
Esbarraindaí doutor!
A senha
Os bodes
A poesia (Alaíde)
Chico meu, Chico teu
Apolítico?
Pra que filosofar!
São todas letras e músicas da minha prenhe inspiração
Bem, é que quando me pego ouvindo-as pela milionésima vez, com o crivo da minha exigência à procura de um deslize, etc. Eu também não tenho olhos pra vê-los...
Em resumo assim falo em meu livro:
Ser médico é coisa pra longo prazo
Ser especialista é coisa pra curto prazo
Ser médico, escritor, compositor, político (ficha limpa) e agora imortal são coisas de Deus!
Se forem coisas de Deus é bem verdade que sejam imortais.
Mas, perguntassem-me o que sinto agora, responderia:
Quem, eu?
Ah, eu sinto isso e muitas coisas, se eu fosse contar...
Sinto-me o goela abaixo de uma ema
Qualquer mero poema
A minha mente habitar
Sinto-me menino viçoso
Arisco e cioso
E a responsa a me chamar!
Aumenta o poder da lupa!
Inacreditável!
Olha, quem estou a observar ali a perambular pelas ruas da Grécia... Ninguém mais, ninguém menos que um senhor barbudo, dentro de uma frouxa camisola a inquirir: em quem você votaria como o homem mais sábio? Em Sócrates, evidente! Se nem mesmo ele tinha olhos para si...
De tudo que sei, só sei que nada sei!
Mas como duvidar!
É que esse nível de exigência me persegue em tudo que faço ao longo de minha vida! Como pôr em cheque a capacidade de discernimento de meus pares? Jamais! Esse é apenas um feedback positivo que não me deixa sozinho no meio da rua...
Cadê o meu retrovisor?
Assim resume a orelha do meu livro:
JOSE SOLON DE SOUZA
Médico, Titular da Sociedade Brasileira de Urologia,
Escritor, Titular da Academia de Letras da Região de Picos
Músico Inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil
Empresário, Compositor, Poeta, Palestrante, Instrumentista e como gosta de dizer:
Amigo.
Comemora os seus trinta anos de profissão com esta obra: LIVRO, CD e DVD (Kit Cultural Solon Reis). Reúne em seu currículo 52 diplomas entre cursos de Pós-graduação, Congressos e Educação Continuada, acumula experiência em mais de 3.500 cirurgias de media e alta complexidade.
Por várias vezes Urologista do ano em pesquisa do Jornal de Picos.
Fundador e Mantenedor da Associação Cultural Solon Reis em Jaicos - Piauí.
Olha, eu agora, também, já acho que estou é me apaixonando por este retrovisor!
Sim, a construção do ego exige que nos amemos!
O amor é a essência da vida, é esta força propulsora que nos anima a caminhar, a servir e a lutar.
Às vezes ficamos a perguntar: qual o sentido maior da vida?
É a razão do amor, do amor maior! Do amor imortal!
Amai ao próximo como a ti mesmo!
A si, vem em primeiro lugar!
Este é o ensinamento!
Amai os vossos inimigos! É a lição maior do Mestre!
Para que possamos estender esse amor universalmente.
Nesta condição assumo a cadeira Nº 7 desta casa.
E então Dr. Solon, qual a melhor obra?
A que está por vir
A que virá como fruto desse novo embasamento!
E Deus haverá de me favorecer.
É a Ele a quem entrego este meu novo legado!
Caros confrades, minhas confreiras, meus senhores, minhas senhoras
Desnecessário seria agora dizer da minha alegria e da minha felicidade, ao saber do resultado da votação!Sei que todos mereciam, por certo até mais que eu! Mas, ufano, adianto-lhes que a minha cobrança não me aparece apenas na forma de lentes visuais, ela me surge agora na forma de compromisso com a cultura e de bem representá-la por onde passar! Mas para isso quero pedir ajuda dos deuses, do milagre provedor, desse mágico momento.
Pedir que me acolham como eu os tenho acolhido no fundo do meu coração, de uns dias para cá, para essa nova caminhada! Que nada fique apenas em palavras!
Que me deixem aqui sentar nesta cadeira, desprovido de ódio, embevecido de paz e ensopado de amor à causa.
Pedir que me façam próspero como Cervantes
Da cultura, amante
Lírico como castro
Quem dera um Tristão
Romântico de morais
Pedir que levemos os valores desta casa a todas as camadas sociais em forma de peregrinação pelas cidades desta macrorregião para que a cultura vá para o seu lugar de origem: o meio da rua!
Pois quero agora assumir este compromisso e esse desafio de carregar esse novo brasão com orgulho, zelo e servidão.
Penso não estar pedindo demais ao lembrar que estamos a substituir José Nunes de Barros.
Viver é a arte do encontro já dizia Vinicius de Moraes e eis que agora estou a encontrar-me com novos pares, nova identidade, nova responsabilidade e até o encontro, todo especial com meu patrono, Jose Joaquim de Barros, primeiro vereador presidente da câmara Municipal de Picos, eleito por voto direto em 1948. E com Doutor Jose Nunes de Barros, a quem tenho a subida honra de substituí-lo na cadeira nº 7 desta casa.
A cadeira n.º 7, na qual sou hoje empossado, tem uma história construída por um homem que engrandeceu a cultura picoense.
Doutor Jose Nunes de Barros, nascido a 02 de outubro de 1930 e casado com Aloízia Helena Lima de Barros teve quatro filhos: Valéria, Peter, Patricia e Michel Lima de Barros> Eleito em 1989 para a academia de Letras da Região de Picos, para ocupar a cadeira de número sete, da qual é Membro fundador.
Foi seminarista e posteriormente ingressou na Faculdade Nacional de Medicina no Rio de Janeiro.
Foi funcionário dos correios e telégrafos na função de carteiro e pastolista.Médico Assistente da cadeira de Obstetricia na faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro. Médico do Isntituto Nacional dos Bancarios, Médico da Secretaria de saúde do Piauí; Diretor do posto de Higiene de Picos; Diretor do Hospital São Vicente de Paula de Picos e Médico do INAMPS.
DOUTOR Jose Nunes foi Prefeito de Picos, Professor Urgências Médicas e Cirúrgicas da Fundação da UFPI e Diretor do Campus Universitário de Picos.
Já como aposentado, o Acadêmico José Nunes de Barros, especializado em Língua Portuguesa, dirigiu seu próprio hospital a Casa de Saúde e Maternidade São José. Tido e Lido como o grande mestre nos deixa um grande legado e muitas saudades.
Este congraçamento, de inigualável valor, ocorre coincidentemente, com o dia do médico, e como tal, honrosamente darei continuidade à representação desta valorosa classe, nesta casa.
Homem do século das teses
Filhos da grande nação
Quando ante Deus vos mostrardes
Tereis um livro na mão
Essa é a tese
Essa é a marcha
Essa é a sinfonia
Sim, nós podemos!
Obrigado!
DOUTOR SOLON 30 ANOS / VOCÊ MEU ORGULHO © 2008 using D'Bluez Theme Designed by Ipiet Supported by Tadpole's Notez Based on FREEmium theme
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